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O Exame de Eletroencefalograma (EEG)

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Eletroencefalograma

 

Pode ser solicitado por qualquer médico, não só neurologistas. Registra a atividade elétrica do cérebro.

Através da sua interpretação, pelo Neurologista, pode-se perceber alterações que sejam compatíveis com os sintomas neurológicos, como, por exemplo, a perda de consciência.


As anormalidades são identificadas conforme o traçado das ondas cerebrais no monitor do equipamento e no papel, do mesmo modo que ocorre no eletrocardiograma, o exame que documenta a atividade elétrica do coração. Os dados são adquiridos através de sensores de superfície (não há agulhas, nem punções, isto é, o exame não é invasivo), que são colocados no paciente por um técnico especializado em eletroencefalografia.

O eletroencefalograma, também chamado de EEG, é um dos maiores instrumentos de investigação, identificação, classificação e acompanhamento das epilepsias, sua principal finalidade. Pode ainda ser útil para prestar esclarecimentos em outras enfermidades neurológicas, a exemplo de tumores cerebrais, demências e doenças degenerativas do sistema nervoso, mas apenas como método auxiliar, já que, para esses casos, há hoje exames de imagem mais esclarecedores.

Os eletrodos, sensores que captam a atividade elétrica cerebral, são colocados em pontos determinados do couro cabeludo, e afixados com uma pasta apropriada para essa finalidade. Depois disso, a pessoa permanece todo o tempo do EEG deitada na sala de exame, que procura reproduzir um aconchegante quarto, com temperatura amena, pouca iluminação e silêncio. Não há risco de choques, pois o equipamento é protegido e aterrado para evitar danos, mesmo em dias de chuvas e tempestades. 


O registro da atividade do cérebro começa, sendo feito com a pessoa acordada, em estado de sonolência e depois durante o sono. Além disso, inclui uma fase chamada de hiperventilação, em que a pessoa precisa respirar fundo, mais rápido que o usual, por alguns minutos, e uma fase de fotoestimulação intermitente, com exposição a uma luz estroboscópica, semelhante às usadas em discotecas. Somando o período de colocação e remoção dos eletrodos, o exame demanda cerca uma hora.

Autor

Dr Leonardo Maciel da Cunha

Dr Leonardo Maciel da Cunha

Neurologista

Especialização em Medicina do Sono no(a) Instituto do Sono, Sp.